Como aplicar os toques duplos 1?

 

Olá! Vamos em frente com mais um “tente tocar”!

Este vídeo é o primeiro de uma série de três, onde abordarei a aplicação dos toques duplos (double strokes).

Se você nunca ouviu falar neste rudimento ou não sabe por onde começar a estudá-lo, não tem problema. Pense em um compasso de quatro tempos. Comece, por exemplo, tocando uma nota por tempo, seguindo a seqüência DDEE (D é mão direita e E é esquerda) ou ao contrário (EEDD). Pronto! É muito mais simples de entender do que parece.

Bom, então vamos para o material deste vídeo. Para facilitar a sua compreensão, sugiro que imprima a partitura. São oito exercícios com ideias musicais de 4 tempos. Toquei o chimbal com o pé esquerdo na cabeça de cada tempo.

Partitura com os exercícios

Cada exemplo foi tocado quatro vezes. O andamento é semínima = 102 b.p.m. Caso queira ver a mesma seqüência em andamentos mais lentos (semínima = 86 e 70), veja o vídeo até o final.

É importante dizer que os exercícios de 2 a 8 são variações do primeiro.

Ritmicamente falando, para criar tais variações, substituí duas ou três semicolcheias por quatro ou seis fusas. Considerei que a semicolcheia dura 1/4 de tempo e a fusa 1/8. Traduzindo: se antes cabiam duas notas em meio tempo, passarão a caber quatro no mesmo espaço.

Por exemplo, no exercício 2, a mudança está no contratempo do tempo 1, onde dobrei duas semicolcheias e passamos a ter quatro fusas, que foram tocadas com a manulação DDEE. Aqui apliquei o rudimento conhecido como 5 stroke roll (rulo de 5 toques).

No exemplo 3, a variação está na cabeça do terceiro tempo, onde também troquei duas semicolcheias por quatro fusas.

Observe que no próximo exercício misturei as ideias 2 e 3.

No tempo 3 do exemplo 5, temos seis fusas no lugar de três semicolcheias. Aqui temos um 7 stroke roll.

Combinando os exemplos 2 e 5, chegamos ao 6º.

No exercício 7 apliquei, respectivamente, os rulos de 7 e 5 toques do exercícios 5 e 3. Veja que aqui temos um 13 stroke roll. (7 toques + 5 + a última nota = 13 toques).

Este rudimento aparece idêntico na última variação, além de termos um rulo de 5 toques no primeiro tempo.

Na segunda página da partitura temos uma segunda opção de escrita, que é comum em peças para caixa. Como referência podemos citar livros muito conhecidos como Snare Drum Method – livros 1 e 2 (Vic Firth), The All-American Drummer: 150 Rudimental Solos (Charley Wilcoxon) e 14 Modern Contest Solos (John S. Pratt).

Note que nessa forma de escrita, os rulos tem uma indicação com o número de toques e a subdivisão correspondentes. No caso destes exercícios, rulos de 5, 7 e 13 e subdivisão fusa. Porém, não é possível ver cada nota na partitura.

Pratique estes exercícios num andamento confortável. Vá com calma. Mantenha-se relaxado(a) e fique atento(a) para manter a divisão bem precisa. Depois, pratique em diversos andamentos e volumes. Crie suas próprias ideias e tente escrevê-las.

Bom estudo! Divirta-se!