Touch Too Much (AC/DC)

A música Touch Too Much da banda AC/DC, pertence ao álbum Highway To Hell de 1979. Este foi o último disco do grupo com o vocalista Bon Scott, já que ele faleceu alguns meses após o lançamento do álbum.

Este também foi o primeiro disco do grupo produzido por Robert John “Mutt” Lange, que trabalharia com a banda em Back In Black (1980) e For Those About To Rock (1981), álbuns que já contavam com Brian Johnson nos vocais.

O baterista em Highway To Hell é Phil Rudd, que integrou o AC/DC de 1975 a 1983, e retornou à banda em 1994, permanecendo até os dias hoje. Simon Wright (1983 a 1989) e Chris Slade (1989 a 1994) foram os outros bateristas que passaram pelo grupo australiano.

Transcrição de bateria de Touch Too Much

De maneira geral, notamos que nas levadas de Touch Too Much, o chimbal é tocado em colcheias (com acentos na cabeça de cada tempo) e a caixa nos tempos 2 e 4.

Na introdução e nas partes A e D, ouvimos levadas de um compasso, onde o bumbo é tocado na cabeça dos tempos 1 e 3. Notamos que a reexposição da parte A (1:15 a 1:31) é tocada com intensidade maior, e mais para a frente, que a primeira parte A e introdução (do início a 0:24).

Repare que o baterista toca a segunda parte A com o chimbal ligeiramente mais aberto do que a primeira. Na reapresentação da seção A, encontramos uma convenção a cada quatro compassos (compassos 42 e 46), onde Phil Rudd utiliza aberturas de chimbal e flams na caixa.

Nas partes B, encontramos levadas de dois compassos, onde o bumbo é um pouco mais utilizado que na seção anterior. Nas partes B, assim como nas partes A, a banda também diferencia a intensidade da exposição e reexposição.

Highway To Hell (AC/DC)

Nos refrãos, temos um groove de quatro compassos, onde o músico utiliza o bumbo e caixa para apoiar as ideias rítmicas das guitarras, do baixo e da voz. Aberturas de chimbal também são utilizadas com o mesmo propósito (por exemplo, compassos 23 e 24).

Vale dizer que, na levada dos refrãos, o chimbal é tocado mais aberto que nas partes A e B, contribuindo para que a música cresça ainda mais neste momento.

Ainda nos refrãos, notamos que Phil Rudd desliga-se de seu groove em alguns momentos, tocando convenções com a banda (por exemplo, compassos 23, e 33 a 38). Os refrãos seguintes são tocados de maneira similar pelo baterista.

Durante o solo de guitarra (2:17 a 2:40) e a parte E (2:56 a 3:11), o músico alterna suas levadas com pontuações realizadas nos pratos de ataque e caixa, reforçando o que é tocado pela banda.

Na seção de encerramento (coda), encontramos a repetição de uma ideia musical tocada no final do primeiro refrão (compassos 35 e 36). Aqui, o músico também toca caixa e pratos de ataque simultaneamente, além de flams na caixa, para fazer pontuações. O bumbo é tocado na cabeça de cada tempo.

Ovindo Touch Too Much, encontramos diversas características de Phil Rudd. Porém, a principal delas é tocar o que parece ser mais adequado para o AC/DC, de maneira simples, firme, com bom gosto e personalidade.

Para finalizar é importante citar que o andamento anotado na transcrição é apenas uma sugestão, já que esta gravação não foi feita com a utilização de um metrônomo.

 

Touch Too Much (AC/DC) – versão original com Phil Rudd

 

AC/DC com Simon Wright (Nervous Shakedown)

 

AC/DC com Chris Slade (Thundestruck)